DEVACHAN: MORADA DOS DEVASC.
W. Leadbeatertrad. Este texto pretende oferecer uma descrição daquilo que é o plano mental, [ontologicamente superior ao plano em que vive a Humanidade], o chamado mundo-paradisíaco, freqüentemente denominado, na literatura teosófica, como Devachan [ou Devakan] ou Sukhâvati. Devakan é uma visão que se refere à realidade que abriga as melhores e mais espirituais experiência de Paraíso que tem sido propostas por várias religiões. Devakan, é um reino da Natureza, de grande importância para os seres humanos. É um vasto e esplêndido mundo de vida intensa no qual, não somente vivemos, também, agora, neste instante, como também, nele estaremos nos períodos intermediários entre as encarnações [existências-vidas em corpos físicos densos].É necessário que o estudante de Teosofia compreenda a grande verdade que existem na Natureza vários Planos [ontológicos, de Ser] - ou "divisões", cada Plano constituído de sua própria qualidade de matéria; qualidade que varia em função de graus de densidade. O que há de fantásticos nestes diferentes "Planos de Ser" é que eles se interpenetram. quando a doutrina teosófica ou a espírita se referem a "planos inferiores" e/ou "planos superiores", os adjetivos "superior", "inferior", não se referem, de nenhum modo, a uma posição, um lugar, posto que todos os Planos ocupam o mesmo lugar no Espaço [e este é um mistério da metafísica do Universo].
Não se queixem, não chorem nem mesmo rezem. Apenas abram seus olhos e vejam. Existe luz sobre vocês; se vocês puderem tirar a venda dos olhos, verão. É maravilhoso, é magnífico, muito além de qualquer sonho ou desejo, e isso é para sempre e sempre. MESTRE BUDISTA.
As palavras "superior" e "inferior", em relação aos planos existenciais, referem-se a graus de densidade ou de rarefação da matéria, condição que varia conforme a atuação de forças como velocidade [de rotação das partículas] e vibração [do conjunto-indivíduo, vivo ou bruto]. Quando se diz que alguém "passou de um plano para outro" isso não significa nenhum deslocamento no espaço, nenhuma distância percorrida, mas, simplesmente, acontece uma mudança de ESTADO de consciência.
Todo Homem tem, em si mesmo, matéria "pertencente" ou própria de cada destes Planos Ontológicos, e cada porção de diferente tipo de matéria tem, no homem seu veículo próprio, correspondente, capaz de ATUAR - de ser e estar, em outros Planos. Essa capacidade de transitar entre os Planos do Ser pode ser ensinada e aprendida.
Transitar entre os planos significar mudar o foco da consciência, de um veículo para outro, a saber, veículo físico, veículo astral e veículo mental; ou ainda, corpo astral, corpo mental, corpo físico. Cada um destes corpos é sensível somente às vibrações de seu próprio Plano natural de manifestação.
Situar a consciência em um dos corpos é como sintonizar a consciência como quem sintoniza as ondas de um rádio ou TV. Quando a consciência está "focada" ou sintonizada no Plano existencial astral, o homem percebe o mundo astral; da mesma forma, a consciência concentrada no corpo físico somente percebe a realidade do mundo físico. Todavia, é preciso ter em mente que esses "mundos-planos" e outros ainda [em todo o Universo] existem, em plena atividade, simultaneamente no tempo e no espaço. De fato, todos esses planos juntos constituem um poderoso Ser vivente embora nossos sentidos limitados somente seja capazes de perceber somente uma pequena parte desta realidade fantástica.
Cada globo físico tem seu próprio plano físico (incluindo sua atmosfera), seu plano astral e seu plano mental, todos interpenetrando-se, ocupando o mesmo lugar no espaço. Estes planos, próprios de cada globo não se comunicam com os planos correspondentes de outros globos. Somente aqueles que alcançam o elevado nível da consciência buddhica ou plano buddhico podem transitar em todos os planos das cadeias planetárias.
O Plano Astral da Terra interpenetra a massa do planeta e se estende em sua atmosfera e além da atmosfera. Relembramos, aqui, que este plano foi chamado pelos gregos de mundo sublunar. O Plano Mental interpenetra o astral e se expande para ainda mais longe que o Plano Astral.
Os Planos Existenciais
O Plano Mental, no qual transcorre a "vida paradisíaca" ou "celestial [Devakan/Devachan=Morada dos Devas, ou deuses] é o terceiro de 5 grandes Planos [ontológicos] de existência de seres "animados". No plano físico é próprio da condição humana em relação à qual, o 1. Plano Astral é um plano inferior. Acima do 2. Plano Físico Humano existem os Planos: 3. Mental, 4. Buddhico e 5. Nirvânico.
É no Plano Mental que o ser humano passa a maior parte da existência durante seu processo evolutivo. A proporção entre a duração da vida física e a duração do tempo passado em estado devakânico é de 1 para 20, em alguns casos, 1 para 30; ou, por exemplo, a uma vida de 60 anos terrenos corresponderá um período em Devakan de 60x20 anos terrenos [1.200 anos]. O Mundo Celestial é, na verdade a Lar permanente real do Ego Reencarnante ou Alma Humana.
Falar de Devakan é muito difícil por conta da carência de palavras adequadas, na linguagem corrente, para descrever uma realidade tão diferente da terrena. É especialmente complexo descrever os estados de consciência mais amplos. No Plano Mental, a dimensões espaço e tempo não são percebidas como no Mundo Físico, separadas; no Plano Mental a dimensão é o complexo Espaço-Tempo da simultaneidade de todos os fatos.
Quando um estudante de ocultismo, um candidato a Iniciado tem suas primeiras experiências "fora do corpo", seja para acessar o Plano Astral ou o Plano Mental, ele o faz orientado por um Mestre que, induz, a uma primeira mudança de estado de consciência: da vigília para o transe. As primeiras visões são relatadas como a recordação de uma indescritível felicidade, em geral, profundamente "colorida", condicionada por convicções religiosas pessoais.
A Descrição de Um Mestre: sobre Devachan, um eminente ocultista escreveu seu relato que foi publicado em Catena of Buddhidt Scriptures:
Nosso Senhor Buda disse: entre os muitos milhares de miríades de sistemas de mundos além destes existe uma região gloriosa chamada Sukhâvati. A região é cercada por sete linhas de muralhas, sete linhas de torres e sete linhas de árvores batidas pelo vento. Essa é a morada santa dos Arhats, governada pelos Tathâgatas, domínio dos Bodhisatvas [corpos de sabedoria]. Também existem ali sete lagos preciosos cujas águas cristalinas possuem, em cada lago, diferentes propriedades. Isso Oh! Sâriputra, isso é Devachan, flor divina cujo aroma se espalha nas sombras de todo o mundo. Quem nasce nessa região abençoada, quem atravessou a ponte dourada e alcançou as sete montanhas douradas, esses, são realmente afortunados; para esses, não mais haverá dor ou tristeza.
Apesar da descrição do Mestre, acima, ser alegórica, velada sob coloridas figuras de linguagem orientais, é possível encontrar no trecho algumas pistas que os modernos investigadores procuram decifrar. As sete montanhas de ouro podem se referir às 7 subdivisões do Plano Mental, separadas por barreiras impalpáveis ainda que reais [as muralhas, as árvores, as torres]. Os 7 tipos de águas cristalinas, de diferentes propriedades, representam diferentes poderes e condições da mente.
A raiz da flor que se espalha nas sombras da Terra significa que todo homem encontra seu correspondente celestial [seu Eu Superior]. Para isso, é necessário atravessa a ponte dourada, a fronteira que separa Devachan do mundo dos desejos [o Plano Físico]. Desaparecem, em Devachan, os conflitos entre superior e inferior, não há mais tristeza ou dor até que, mais uma vez, o homem escolhe reencarnar, deixando a morada dos Devas para trás.
A bem-aventurança intensa é a idéia que mais de perto se relaciona com as concepções de uma vida paradisíaca. De fato, Devachan é um mundo no qual, por sua própria constituição, o mal e a dor são impossíveis. ali, a criatura não somente é feliz, muito além disso, em Devachan cada um desfruta da plenitude espiritual de acordo com sua capacidade. Ali, uma pessoa somente aspira àquilo que é capaz de aspirar. Em Devachan compreende-se, enfim, alguma coisa sobre a verdadeira natureza da grande Fonte da Vida. Compreende-se, ainda que vagamente, num lampejo, o significado do Logos e o que Ele representa. Depois de vislumbrar o Logos a idéia que se tem da vida e do Ser nunca mais será a mesma. Qualquer pensamento que contrarie o conceito de Bem Universal torna-se abjeta.
Sentido Radial & Vibrações
A sensação de comunhão Universal experimentada em Devachan é um Sentido Radiante [sentido radial, alcance de 360°, raio ilimitado a partir do centro espiritual - Nota do Trad.] que produz o efeito de eliminar, esvaziando de significado, naturalmente, todo mal e toda discórdia. É a primeira sensação experimentada pelos que alcançam o Mundo Celestial. O Ser [Mônada, Espírito, Eu Superior] encontra [ou reencontra] a si mesmo e a um indescritível prazer na mera existência.O Mundo Celestial está repleto de uma abundante vitalidade espiritual.
Uma das formas de manifestação dessa intensa vitalidade é a extrema rapidez de vibração de todas as partículas e átomos da matéria mental. O corpo mental, constituído de matéria mental e liberto, permanentemente ou temporariamente, do corpo físico, possui uma percepção que excede todas as capacidades da percepção física. Audição e visão passam a ser sentidos integrados, sem a limitação imposta pelos órgãos.
É um estranho poder de ter a percepção comum ampliada e ainda ser capaz de percepções não físicas. Diante um fenômeno qualquer, o Espírito simplesmente obtém, instantaneamente, todas as informações: suas causas, efeitos, potencialidades futuras. É, ainda, capaz de realizações em tempo real: é pensar, acontecer; se pensa em um lugar, encontra-se imediatamente em tal lugar; se pensa em um amigo, terá esse amigo diante de si.
Também não há enganos ou ilusão de aparências: todos os pensamentos e sentimentos de um eventual interlocutor, alguém com quem se conversa, alguém que está presente, estes pensamentos e sentimentos podem ser percebidos, "lidos", com em um livro aberto. [Por isso, em Devachan, além de não haver motivação, vontade para o mal, não há oportunidade para mentiras e más intenções].
Todo o Conhecimento do Universo
Para os habitantes da Morada dos Devas, todo o conhecimento do Universo é acessível. O passado e o presente do mundo [da Terra], registros de eras remotíssimas, memórias da Natureza. O Espírito conhece por testemunho direto qualquer incidente histórico que seja de seu interesse. O Espírito capaz de alcançar os mais altos níveis do Plano mental pode, também, conhecer todas as suas vidas físicas passadas, as implicações cármicas dos acontecimentos, os modos de transformar este carma e seu próprio lugar ou papel no desenrolar da evolução.
Quanto ao futuro, este, somente pode ser vislumbrado, e não previsto, pelos Espíritos mais elevados dos Plano Mental. Isto porque o futuro é uma equação de alto grau de complexidade cujos termos podem mudar em função dos agentes [Espíritos, vontades] envolvidos. Em certa medida, e especialmente quando está em Devachan, o homem tem nas mãos o seu destino, pode mudar o futuro de acordo com a dinâmica de seu desenvolvimento pessoal ao longo das vidas físicas já experimentadas e dos períodos passados em Devachan, que são períodos de iluminação mental.
Impressões de Devachan
Como já foi mencionado, a principal sensação experimentada no instante em que se acessa o Plano Mental [entra em estado de consciência capaz de perceber-se no Plano mental], é de intensa bem-aventurança, felicidade; porém, outras sensações se apresentam ao Espírito: enorme vitalidade, faculdades e percepções ampliadas.
Ao examinar o ambiente à sua volta, ambiente circundante, encontra a si mesmo no meio do que parece ser um Universo de luzes e sons intercambiantes. É algo que não tem termo de comparação no mundo ou Plano Físico. O Espírito sente-se flutuar em um oceano de luz viva, rodeado de linhas, cores e formas que mudam a cada onda de pensamento emitida. Então o Espírito percebe que as formas que o circundam são projeções de suas idéias porque tanto o Espírito quanto toda a matéria do Plano mental são igualmente constituídas em termos energéticos. São matérias da mesma ordem.
O corpo-mente é feito de matéria mental; por isso quando o Espírito pensa ele emite uma vibração que encontra excelente ressonância no meio à sua volta, no ether mental, onde imagens das idéias são, desta forma, reproduzidas com exatidão. Pensamentos sobre coisas concretas tomam as formas destas coisas; idéias abstratas, usualmente, aparecem representadas como formas geométricas.
Não se queixem, não chorem nem mesmo rezem. Apenas abram seus olhos e vejam. Existe luz sobre vocês; se vocês puderem tirar a venda dos olhos, verão. É maravilhoso, é magnífico, muito além de qualquer sonho ou desejo, e isso é para sempre e sempre. MESTRE BUDISTA.
As palavras "superior" e "inferior", em relação aos planos existenciais, referem-se a graus de densidade ou de rarefação da matéria, condição que varia conforme a atuação de forças como velocidade [de rotação das partículas] e vibração [do conjunto-indivíduo, vivo ou bruto]. Quando se diz que alguém "passou de um plano para outro" isso não significa nenhum deslocamento no espaço, nenhuma distância percorrida, mas, simplesmente, acontece uma mudança de ESTADO de consciência.
Todo Homem tem, em si mesmo, matéria "pertencente" ou própria de cada destes Planos Ontológicos, e cada porção de diferente tipo de matéria tem, no homem seu veículo próprio, correspondente, capaz de ATUAR - de ser e estar, em outros Planos. Essa capacidade de transitar entre os Planos do Ser pode ser ensinada e aprendida.
Transitar entre os planos significar mudar o foco da consciência, de um veículo para outro, a saber, veículo físico, veículo astral e veículo mental; ou ainda, corpo astral, corpo mental, corpo físico. Cada um destes corpos é sensível somente às vibrações de seu próprio Plano natural de manifestação.
Situar a consciência em um dos corpos é como sintonizar a consciência como quem sintoniza as ondas de um rádio ou TV. Quando a consciência está "focada" ou sintonizada no Plano existencial astral, o homem percebe o mundo astral; da mesma forma, a consciência concentrada no corpo físico somente percebe a realidade do mundo físico. Todavia, é preciso ter em mente que esses "mundos-planos" e outros ainda [em todo o Universo] existem, em plena atividade, simultaneamente no tempo e no espaço. De fato, todos esses planos juntos constituem um poderoso Ser vivente embora nossos sentidos limitados somente seja capazes de perceber somente uma pequena parte desta realidade fantástica.
Cada globo físico tem seu próprio plano físico (incluindo sua atmosfera), seu plano astral e seu plano mental, todos interpenetrando-se, ocupando o mesmo lugar no espaço. Estes planos, próprios de cada globo não se comunicam com os planos correspondentes de outros globos. Somente aqueles que alcançam o elevado nível da consciência buddhica ou plano buddhico podem transitar em todos os planos das cadeias planetárias.
O Plano Astral da Terra interpenetra a massa do planeta e se estende em sua atmosfera e além da atmosfera. Relembramos, aqui, que este plano foi chamado pelos gregos de mundo sublunar. O Plano Mental interpenetra o astral e se expande para ainda mais longe que o Plano Astral.
Os Planos Existenciais
O Plano Mental, no qual transcorre a "vida paradisíaca" ou "celestial [Devakan/Devachan=Morada dos Devas, ou deuses] é o terceiro de 5 grandes Planos [ontológicos] de existência de seres "animados". No plano físico é próprio da condição humana em relação à qual, o 1. Plano Astral é um plano inferior. Acima do 2. Plano Físico Humano existem os Planos: 3. Mental, 4. Buddhico e 5. Nirvânico.
É no Plano Mental que o ser humano passa a maior parte da existência durante seu processo evolutivo. A proporção entre a duração da vida física e a duração do tempo passado em estado devakânico é de 1 para 20, em alguns casos, 1 para 30; ou, por exemplo, a uma vida de 60 anos terrenos corresponderá um período em Devakan de 60x20 anos terrenos [1.200 anos]. O Mundo Celestial é, na verdade a Lar permanente real do Ego Reencarnante ou Alma Humana.
Falar de Devakan é muito difícil por conta da carência de palavras adequadas, na linguagem corrente, para descrever uma realidade tão diferente da terrena. É especialmente complexo descrever os estados de consciência mais amplos. No Plano Mental, a dimensões espaço e tempo não são percebidas como no Mundo Físico, separadas; no Plano Mental a dimensão é o complexo Espaço-Tempo da simultaneidade de todos os fatos.
Quando um estudante de ocultismo, um candidato a Iniciado tem suas primeiras experiências "fora do corpo", seja para acessar o Plano Astral ou o Plano Mental, ele o faz orientado por um Mestre que, induz, a uma primeira mudança de estado de consciência: da vigília para o transe. As primeiras visões são relatadas como a recordação de uma indescritível felicidade, em geral, profundamente "colorida", condicionada por convicções religiosas pessoais.
A Descrição de Um Mestre: sobre Devachan, um eminente ocultista escreveu seu relato que foi publicado em Catena of Buddhidt Scriptures:
Nosso Senhor Buda disse: entre os muitos milhares de miríades de sistemas de mundos além destes existe uma região gloriosa chamada Sukhâvati. A região é cercada por sete linhas de muralhas, sete linhas de torres e sete linhas de árvores batidas pelo vento. Essa é a morada santa dos Arhats, governada pelos Tathâgatas, domínio dos Bodhisatvas [corpos de sabedoria]. Também existem ali sete lagos preciosos cujas águas cristalinas possuem, em cada lago, diferentes propriedades. Isso Oh! Sâriputra, isso é Devachan, flor divina cujo aroma se espalha nas sombras de todo o mundo. Quem nasce nessa região abençoada, quem atravessou a ponte dourada e alcançou as sete montanhas douradas, esses, são realmente afortunados; para esses, não mais haverá dor ou tristeza.
Apesar da descrição do Mestre, acima, ser alegórica, velada sob coloridas figuras de linguagem orientais, é possível encontrar no trecho algumas pistas que os modernos investigadores procuram decifrar. As sete montanhas de ouro podem se referir às 7 subdivisões do Plano Mental, separadas por barreiras impalpáveis ainda que reais [as muralhas, as árvores, as torres]. Os 7 tipos de águas cristalinas, de diferentes propriedades, representam diferentes poderes e condições da mente.
A raiz da flor que se espalha nas sombras da Terra significa que todo homem encontra seu correspondente celestial [seu Eu Superior]. Para isso, é necessário atravessa a ponte dourada, a fronteira que separa Devachan do mundo dos desejos [o Plano Físico]. Desaparecem, em Devachan, os conflitos entre superior e inferior, não há mais tristeza ou dor até que, mais uma vez, o homem escolhe reencarnar, deixando a morada dos Devas para trás.
A bem-aventurança intensa é a idéia que mais de perto se relaciona com as concepções de uma vida paradisíaca. De fato, Devachan é um mundo no qual, por sua própria constituição, o mal e a dor são impossíveis. ali, a criatura não somente é feliz, muito além disso, em Devachan cada um desfruta da plenitude espiritual de acordo com sua capacidade. Ali, uma pessoa somente aspira àquilo que é capaz de aspirar. Em Devachan compreende-se, enfim, alguma coisa sobre a verdadeira natureza da grande Fonte da Vida. Compreende-se, ainda que vagamente, num lampejo, o significado do Logos e o que Ele representa. Depois de vislumbrar o Logos a idéia que se tem da vida e do Ser nunca mais será a mesma. Qualquer pensamento que contrarie o conceito de Bem Universal torna-se abjeta.
Sentido Radial & Vibrações
A sensação de comunhão Universal experimentada em Devachan é um Sentido Radiante [sentido radial, alcance de 360°, raio ilimitado a partir do centro espiritual - Nota do Trad.] que produz o efeito de eliminar, esvaziando de significado, naturalmente, todo mal e toda discórdia. É a primeira sensação experimentada pelos que alcançam o Mundo Celestial. O Ser [Mônada, Espírito, Eu Superior] encontra [ou reencontra] a si mesmo e a um indescritível prazer na mera existência.O Mundo Celestial está repleto de uma abundante vitalidade espiritual.
Uma das formas de manifestação dessa intensa vitalidade é a extrema rapidez de vibração de todas as partículas e átomos da matéria mental. O corpo mental, constituído de matéria mental e liberto, permanentemente ou temporariamente, do corpo físico, possui uma percepção que excede todas as capacidades da percepção física. Audição e visão passam a ser sentidos integrados, sem a limitação imposta pelos órgãos.
É um estranho poder de ter a percepção comum ampliada e ainda ser capaz de percepções não físicas. Diante um fenômeno qualquer, o Espírito simplesmente obtém, instantaneamente, todas as informações: suas causas, efeitos, potencialidades futuras. É, ainda, capaz de realizações em tempo real: é pensar, acontecer; se pensa em um lugar, encontra-se imediatamente em tal lugar; se pensa em um amigo, terá esse amigo diante de si.
Também não há enganos ou ilusão de aparências: todos os pensamentos e sentimentos de um eventual interlocutor, alguém com quem se conversa, alguém que está presente, estes pensamentos e sentimentos podem ser percebidos, "lidos", com em um livro aberto. [Por isso, em Devachan, além de não haver motivação, vontade para o mal, não há oportunidade para mentiras e más intenções].
Todo o Conhecimento do Universo
Para os habitantes da Morada dos Devas, todo o conhecimento do Universo é acessível. O passado e o presente do mundo [da Terra], registros de eras remotíssimas, memórias da Natureza. O Espírito conhece por testemunho direto qualquer incidente histórico que seja de seu interesse. O Espírito capaz de alcançar os mais altos níveis do Plano mental pode, também, conhecer todas as suas vidas físicas passadas, as implicações cármicas dos acontecimentos, os modos de transformar este carma e seu próprio lugar ou papel no desenrolar da evolução.
Quanto ao futuro, este, somente pode ser vislumbrado, e não previsto, pelos Espíritos mais elevados dos Plano Mental. Isto porque o futuro é uma equação de alto grau de complexidade cujos termos podem mudar em função dos agentes [Espíritos, vontades] envolvidos. Em certa medida, e especialmente quando está em Devachan, o homem tem nas mãos o seu destino, pode mudar o futuro de acordo com a dinâmica de seu desenvolvimento pessoal ao longo das vidas físicas já experimentadas e dos períodos passados em Devachan, que são períodos de iluminação mental.
Impressões de Devachan
Como já foi mencionado, a principal sensação experimentada no instante em que se acessa o Plano Mental [entra em estado de consciência capaz de perceber-se no Plano mental], é de intensa bem-aventurança, felicidade; porém, outras sensações se apresentam ao Espírito: enorme vitalidade, faculdades e percepções ampliadas.
Ao examinar o ambiente à sua volta, ambiente circundante, encontra a si mesmo no meio do que parece ser um Universo de luzes e sons intercambiantes. É algo que não tem termo de comparação no mundo ou Plano Físico. O Espírito sente-se flutuar em um oceano de luz viva, rodeado de linhas, cores e formas que mudam a cada onda de pensamento emitida. Então o Espírito percebe que as formas que o circundam são projeções de suas idéias porque tanto o Espírito quanto toda a matéria do Plano mental são igualmente constituídas em termos energéticos. São matérias da mesma ordem.
O corpo-mente é feito de matéria mental; por isso quando o Espírito pensa ele emite uma vibração que encontra excelente ressonância no meio à sua volta, no ether mental, onde imagens das idéias são, desta forma, reproduzidas com exatidão. Pensamentos sobre coisas concretas tomam as formas destas coisas; idéias abstratas, usualmente, aparecem representadas como formas geométricas.
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