O sentido prático do ensinamento oculto na vida comum é interpretado de maneiras muito variadas por diferentes estudantes do tema. Para muitos leitores ocidentais da recente literatura sobre a doutrina esotérica há inclusive dúvidas se o ensinamento tem qualquer relação prática para a vida comum. A proposta que, às vezes, parece transmitir, a de que todos os buscadores sérios deveriam se colocar sob um severo regime ascético como é seguido pelos discípulos orientais comuns, é sentida como incorporando uma tensão nos hábitos da civilização moderna que poucos entusiastas estão preparados para encarar. O mero charme intelectual de uma intrincada filosofia pode ser suficiente para recomendar o estudo para algumas mentes, mas espera-se que um conjunto de ensinamentos oferecidos como um substituto para as crenças religiosas do tipo comum apresente algum resultado tangível relacionado com o futuro espiritual daqueles que o adotem. Não tem a filosofia oculta nada a oferecer exceto para aqueles que se encontram numa posição e estão dispostos a fazer um sacrifício por ela em detrimento de todas outras coisas na vida? Neste caso seria inútil trazer a filosofia esotérica para o mundo. Na verdade a doutrina esotérica oferece uma quase infinita variedade de oportunidades para o desenvolvimento espiritual e não há erro maior do que a suposição de que o ensinamento dos Adeptos no presente movimento se destina meramente àquelas pessoas capazes de devoção heróica. Certamente não se desencoraja esforços na direção das mais elevadas realizações de progresso oculto se algum ocultista ocidental se sentir disposto a efetuá-los; mas é importante para todos nós termos claramente em vista as possibilidades menores conectadas com aspirações mais humildes.
Creio ser absolutamente verdadeiro que mesmo uma leve atenção seriamente dedicada às instruções que agora emanam dos Adeptos Indianos gerará resultados nos princípios espirituais daqueles que a ela se dedicarem – causas capazes de produzir conseqüências apreciáveis num estado futuro de existência. Qualquer um que tiver examinado suficientemente a doutrina do Devachan, vai prontamente entender a idéia, porque a natureza da existência espiritual que no curso ordinário das vidas deve suceder a cada vida física, oferece uma considerável expansão a qualquer aspiração em direção ao verdadeiro conhecimento que tiver sido estabelecido quando encarnado na Terra. Vou retornar diretamente a este ponto, quando deixar claro a verdadeira idéia que estou tentando transmitir. Num extremo na escala de possibilidades conectadas com o estudo oculto está a suprema possibilidade do desenvolvimento do Adepto, uma conquista que significa que a pessoa que o alcançou estimulou tão violentamente o seu crescimento espiritual num curto período de tempo, de forma a ter antecipado o processo que a Natureza, na sua forma deliberada, teria gasto eras para conquistar. No outro extremo da escala está o pequeno resultado ao qual já aludi – um resultado que pode se dizer que estabelece uma tendência na direção da conquista espiritual mais do que a corporificação de tal conquista. Mas entre estas duas amplas possibilidades não há uma linha fixa e determinada que possa ser traçada em qualquer lugar para estabelecer uma separação definida no caráter das possibilidades que resultam da devoção aos propósitos ocultos. Assim como a noite mais escura cede em imperceptíveis graus para a iluminação do mais brilhante nascer do sol, assim também as conseqüências espirituais da saída da apatia do simples materialismo ou da aceitação tola de dogmas não razoáveis se iluminam, em graus imperceptíveis, dos mais leves traços de progressos devachânicos até o completo ofuscar da mais elevada perfeição que a natureza humana pode alcançar. Sem assumir que o curso da Natureza que determina para cada Ego humano uma sucessão de vidas e uma sucessão de períodos de repouso espiritual – sem que se suponha que este curso seja alterado por uma moderada devoção ao estudo oculto compatível com as condições comuns da vida européia, será visto, no entanto, como são vastas as conseqüências, podem finalmente chegar a impressionar na carreira evolutiva uma tendência diferente na direção da iluminação suprema, daquele resultado que é descrito como a união da alma individual com o espírito universal.
As explicações da doutrina esotérica apresentadas ao público mostraram que a massa da humanidade chegou a um estágio no grande ciclo evolutivo em que existe a possibilidade de um crescimento vertical em direção à perfeição final. A massa, é claro, é pouco provável que viaje por este caminho: a perfeição final não é um presente a ser concedido a todos, mas algo a ser trabalhado por aqueles que a desejarem. Ela deve ser colocada ao alcance teórico de todos; talvez não haja nenhuma criatura humana vivendo neste momento que se possa dizer que as mais altas possibilidades da Natureza são impossíveis de serem conquistadas, mas isto não implica, de forma alguma, que todo indivíduo vai conquistar estas mais altas possibilidades. Considerando cada indivíduo como uma das sementes da grande flor que espalha milhares de sementes, é sabido que somente umas poucas, comparado ao grande número de sementes, que se tornarão flores completamente desenvolvidas por sua vez. A maioria não receberá um julgamento injusto. Porque para cada um as conseqüências em um futuro remoto serão precisamente proporcionais às aptidões que desenvolver, mas só atingirão a meta aqueles que através de esforços persistentes, através de uma série de vidas, se diferenciarem em um grau significativo das multidões. Então, este esforço persistente precisa ter um começo e, garantido o começo, a persistência não é improvável. Dentro da nossa própria observação da vida comum, bons hábitos, mesmo que não sejam tão rapidamente formados como os maus, não são difíceis de manter comparativamente à dificuldade do seu começo. Por um momento pode se perguntar como isto pode se aplicar a uma sucessão de vidas separadas umas das outras por um completo esquecimento dos seus detalhes; mas realmente se aplica diretamente à sucessão de vidas como à sucessão de dias numa vida, que são separados uns dos outros pelas noites. A operação definida das afinidades que o Ego individual que é coletivamente descrito na doutrina esotérica pelo nome Karma deve operar para trazer os velhos hábitos de caráter e pensamento, como vida após vida sucede, com a mesma certeza que um fio de memória em um cérebro vivo recupera, dia após dia, as impressões daqueles que vieram antes. Se um hábito moral é engendrado desta forma por um estudante do oculto, de forma a propagar-se por futuras existências, ou se isto surge meramente como uma aspiração não inteligente em relação ao bem, o que felizmente para a humanidade está mais difundido até agora do que o estudo oculto, a maneira como funcionam é a mesma. A aspiração não inteligente em direção ao bem se propaga e ocasiona boas vidas no futuro; a aspiração inteligente se propaga da mesma maneira, além da propagação da inteligência; esta diferença mostra o abismo que existe entre o crescimento da alma humana que meramente flutua com a corrente do tempo daquela que se dirige conscientemente por um propósito por todo o percurso. O Ego humano que adquire o hábito de procurar o conhecimento se torna investido, vida após vida, das qualidades que asseguram o sucesso de tal busca, até que o sucesso final, atingido em um período crítico da sua existência, o eleva à companhia daqueles que são aqueles Egos perfeitos, que são flores completamente desenvolvidas, somente esperadas, de acordo com a primeira metáfora, de poucas das milhares de sementes lançadas. Fica claro, agora, que um pequeno impulso em uma direção determinada, mesmo no plano físico, não produz o mesmo efeito que um impulso mais forte; portanto, exatamente neste assunto de engendrar hábitos necessários que persistam na sua operação por uma série de vidas, é bastante óbvio que um impulso mais forte de aspiração ardente em direção ao conhecimento terá mais possibilidades de triunfar do que um mais fraco em relação aos chamados acidentes da Natureza.
Estas considerações nos levam à questão dos hábitos na vida que estão mais imediatamente associados nas visões populares sobre a matéria com a busca da ciência oculta. Ficará muito claro que a geração de afinidades, dentro de sua natureza, por um estudante de ciências ocultas na direção do progresso espiritual é uma matéria que tem pouca relação, se alguma, com as circunstâncias externas da sua vida diária. Mas não se dissocia daquilo que pode ser chamado de circunstâncias externas da sua vida moral, pois um estudante do oculto, cuja natureza moral é conscientemente ignóbil e que combina a busca do conhecimento com a prática do erro se torna, por isto, um estudante de feitiçaria, em vez de um verdadeiro ocultista – um candidato à evolução satânica, em vez da perfeição. Porém, ao mesmo tempo, os hábitos físicos da vida podem ser o oposto do asceta, mas durante todo esse tempo os processos de pensamento da sua vida intelectual desenvolvem afinidades que não falham em seu resultado de produzir grandes conseqüências ulteriores. É muito provável que surja um entendimento errôneo pela forma como freqüente referência é feita aos hábitos ascéticos daqueles que tem a intenção de se tornarem chelas regulares dos Adeptos Orientais. Supõe-se que o que é praticado pelo Mestre é necessariamente recomendável para todos os seus alunos. Isto está longe de ser o caso em relação aos diferentes alunos que estão se juntado ao redor do instrutor oculto que se tornaram conhecidos do público ultimamente. Certamente, mesmo em relação à diversidade dos alunos, os Adeptos não desencorajariam o ascetismo. Como acabamos de ver, não existe uma linha fixa de demarcação na qual estejam definidas as várias conseqüências do estudo oculto em todos os seus vários graus de intensidade – da mesma forma com as práticas ascéticas, dos hábitos mais leves de privação, que possam levar a uma preferência pelas gratificações espirituais em relação às materiais até o desenvolvimento completo do ascetismo que é requerido como um passaporte para o chelado, nenhuma dessas práticas acontecerá sem as suas conseqüências nos registros do Karma, que tudo incluem. Falando de uma maneira geral, o ascetismo pertence àquela classe de esforços que tem por meta o chelado pessoal, enquanto que para aqueles que contemplam o desenvolvimento do progresso espiritual paciente pelos lentos caminhos da evolução natural não se requer nada mais do que a aplicação intelectual. Tudo isto é afirmado em relação à abertura agora oferecida para aqueles que perceberam a presente oportunidade é que eles agora podem dar um impulso à sua evolução pessoal que talvez não tenham a mesma oportunidade com a mesma vantagem se a presente oportunidade não for aproveitada. É verdade, é muito pouco provável que alguém que esteja trilhando pela Natureza, vida após vida, sob a direção de um karma favorável, não se encontrará cedo ou tarde com as idéias que são implantadas pelo estudo oculto. Por este motivo um ocultista não ameaça àqueles que se afastam de seus ensinamentos com nenhuma conseqüência que possa ser necessariamente desastrosa. Ele só diz que aqueles que o escutarem terão vantagens com isto na exata proporção do zelo com que assumem o estudo oculto e a pureza de motivos com que o promovem para outros.
Nem deve se supor que aquelas que aqui foram descritas como as possibilidades menores das conseqüências do estudo oculto estão na periferia das possibilidades maiores, de forma que sejam consideradas como compensações relativamente pobres em relação àquelas concedidas àqueles que se sentem em condições de se oferecer para a provação como chelas regulares. Seria um grave erro de concepção imaginar que o propósito do presente fluxo de ensinamentos ocultos que tem sido derramado no mundo fosse um incitamento geral para este curso de ação. Seria perigoso para qualquer um de nós que não é iniciado falar com inteira confiança sobre a intenção dos Adeptos mas, todos os fatos externos concernentes ao crescimento da Sociedade Teosófica mostram que o seu propósito está mais diretamente relacionado com o cultivo de aspirações espirituais de forma ampla do que o incitamento destes com uma ênfase suprema em indivíduos. Essas considerações são, de fato, o que poderia ser dito como a recusa dos Adeptos de fazer qualquer coisa para encorajar pessoas, nas quais este supremo incitamento é possível, a tomarem de maneira decisiva o passo de se oferecerem como chelas. Ao fazer isto o indivíduo se oferece como um candidato a algo mais do que as maiores vantagens que podem advir para ele através da operação da lei natural – ao fazer isto reivindica antecipar o curso mais favorável da Natureza e aproximar-se desta elevada perfeição por um processo violento e artificial, colocando-se imediatamente na presença de vários perigos com os quais nunca estaria envolvido se tivesse se contentado como o crescimento natural mais favorável. Parece ser sempre um assunto que envolve sérias considerações por parte dos Adeptos, se eles vão assumir a responsabilidade de encorajar qualquer pessoa que não tenha as condições para ter sucesso, que se exponha a tais perigos. Para qualquer um que está determinado a encarar os perigos e tenha a permissão de fazê-lo, estas considerações acima acerca do caráter opcional do treinamento físico caem por terra. Aquelas práticas ascéticas para um candidato a nada além do melhor que a evolução natural pode trazer, se ele escolher, com o objetivo de enfatizar o seu karma espiritual ao máximo, se tornam uma condição sine qua non com relação aos primeiros passos do seu progresso em relação ao chelado. Mas com tal progresso a presente explicação não está especialmente envolvida. O seu propósito está em mostrar os efeitos benéficos que podem advir para as pessoas comuns, vivendo vidas comuns, de moderada devoção à filosofia oculta, que é compatível com tais vidas comuns e que se precavenham em relação à errônea crença de que não vale a pena se engajar na ciência oculta a não ser que se atinja o resultado final que é o Adeptado.
As explicações da doutrina esotérica apresentadas ao público mostraram que a massa da humanidade chegou a um estágio no grande ciclo evolutivo em que existe a possibilidade de um crescimento vertical em direção à perfeição final. A massa, é claro, é pouco provável que viaje por este caminho: a perfeição final não é um presente a ser concedido a todos, mas algo a ser trabalhado por aqueles que a desejarem. Ela deve ser colocada ao alcance teórico de todos; talvez não haja nenhuma criatura humana vivendo neste momento que se possa dizer que as mais altas possibilidades da Natureza são impossíveis de serem conquistadas, mas isto não implica, de forma alguma, que todo indivíduo vai conquistar estas mais altas possibilidades. Considerando cada indivíduo como uma das sementes da grande flor que espalha milhares de sementes, é sabido que somente umas poucas, comparado ao grande número de sementes, que se tornarão flores completamente desenvolvidas por sua vez. A maioria não receberá um julgamento injusto. Porque para cada um as conseqüências em um futuro remoto serão precisamente proporcionais às aptidões que desenvolver, mas só atingirão a meta aqueles que através de esforços persistentes, através de uma série de vidas, se diferenciarem em um grau significativo das multidões. Então, este esforço persistente precisa ter um começo e, garantido o começo, a persistência não é improvável. Dentro da nossa própria observação da vida comum, bons hábitos, mesmo que não sejam tão rapidamente formados como os maus, não são difíceis de manter comparativamente à dificuldade do seu começo. Por um momento pode se perguntar como isto pode se aplicar a uma sucessão de vidas separadas umas das outras por um completo esquecimento dos seus detalhes; mas realmente se aplica diretamente à sucessão de vidas como à sucessão de dias numa vida, que são separados uns dos outros pelas noites. A operação definida das afinidades que o Ego individual que é coletivamente descrito na doutrina esotérica pelo nome Karma deve operar para trazer os velhos hábitos de caráter e pensamento, como vida após vida sucede, com a mesma certeza que um fio de memória em um cérebro vivo recupera, dia após dia, as impressões daqueles que vieram antes. Se um hábito moral é engendrado desta forma por um estudante do oculto, de forma a propagar-se por futuras existências, ou se isto surge meramente como uma aspiração não inteligente em relação ao bem, o que felizmente para a humanidade está mais difundido até agora do que o estudo oculto, a maneira como funcionam é a mesma. A aspiração não inteligente em direção ao bem se propaga e ocasiona boas vidas no futuro; a aspiração inteligente se propaga da mesma maneira, além da propagação da inteligência; esta diferença mostra o abismo que existe entre o crescimento da alma humana que meramente flutua com a corrente do tempo daquela que se dirige conscientemente por um propósito por todo o percurso. O Ego humano que adquire o hábito de procurar o conhecimento se torna investido, vida após vida, das qualidades que asseguram o sucesso de tal busca, até que o sucesso final, atingido em um período crítico da sua existência, o eleva à companhia daqueles que são aqueles Egos perfeitos, que são flores completamente desenvolvidas, somente esperadas, de acordo com a primeira metáfora, de poucas das milhares de sementes lançadas. Fica claro, agora, que um pequeno impulso em uma direção determinada, mesmo no plano físico, não produz o mesmo efeito que um impulso mais forte; portanto, exatamente neste assunto de engendrar hábitos necessários que persistam na sua operação por uma série de vidas, é bastante óbvio que um impulso mais forte de aspiração ardente em direção ao conhecimento terá mais possibilidades de triunfar do que um mais fraco em relação aos chamados acidentes da Natureza.
Estas considerações nos levam à questão dos hábitos na vida que estão mais imediatamente associados nas visões populares sobre a matéria com a busca da ciência oculta. Ficará muito claro que a geração de afinidades, dentro de sua natureza, por um estudante de ciências ocultas na direção do progresso espiritual é uma matéria que tem pouca relação, se alguma, com as circunstâncias externas da sua vida diária. Mas não se dissocia daquilo que pode ser chamado de circunstâncias externas da sua vida moral, pois um estudante do oculto, cuja natureza moral é conscientemente ignóbil e que combina a busca do conhecimento com a prática do erro se torna, por isto, um estudante de feitiçaria, em vez de um verdadeiro ocultista – um candidato à evolução satânica, em vez da perfeição. Porém, ao mesmo tempo, os hábitos físicos da vida podem ser o oposto do asceta, mas durante todo esse tempo os processos de pensamento da sua vida intelectual desenvolvem afinidades que não falham em seu resultado de produzir grandes conseqüências ulteriores. É muito provável que surja um entendimento errôneo pela forma como freqüente referência é feita aos hábitos ascéticos daqueles que tem a intenção de se tornarem chelas regulares dos Adeptos Orientais. Supõe-se que o que é praticado pelo Mestre é necessariamente recomendável para todos os seus alunos. Isto está longe de ser o caso em relação aos diferentes alunos que estão se juntado ao redor do instrutor oculto que se tornaram conhecidos do público ultimamente. Certamente, mesmo em relação à diversidade dos alunos, os Adeptos não desencorajariam o ascetismo. Como acabamos de ver, não existe uma linha fixa de demarcação na qual estejam definidas as várias conseqüências do estudo oculto em todos os seus vários graus de intensidade – da mesma forma com as práticas ascéticas, dos hábitos mais leves de privação, que possam levar a uma preferência pelas gratificações espirituais em relação às materiais até o desenvolvimento completo do ascetismo que é requerido como um passaporte para o chelado, nenhuma dessas práticas acontecerá sem as suas conseqüências nos registros do Karma, que tudo incluem. Falando de uma maneira geral, o ascetismo pertence àquela classe de esforços que tem por meta o chelado pessoal, enquanto que para aqueles que contemplam o desenvolvimento do progresso espiritual paciente pelos lentos caminhos da evolução natural não se requer nada mais do que a aplicação intelectual. Tudo isto é afirmado em relação à abertura agora oferecida para aqueles que perceberam a presente oportunidade é que eles agora podem dar um impulso à sua evolução pessoal que talvez não tenham a mesma oportunidade com a mesma vantagem se a presente oportunidade não for aproveitada. É verdade, é muito pouco provável que alguém que esteja trilhando pela Natureza, vida após vida, sob a direção de um karma favorável, não se encontrará cedo ou tarde com as idéias que são implantadas pelo estudo oculto. Por este motivo um ocultista não ameaça àqueles que se afastam de seus ensinamentos com nenhuma conseqüência que possa ser necessariamente desastrosa. Ele só diz que aqueles que o escutarem terão vantagens com isto na exata proporção do zelo com que assumem o estudo oculto e a pureza de motivos com que o promovem para outros.
Nem deve se supor que aquelas que aqui foram descritas como as possibilidades menores das conseqüências do estudo oculto estão na periferia das possibilidades maiores, de forma que sejam consideradas como compensações relativamente pobres em relação àquelas concedidas àqueles que se sentem em condições de se oferecer para a provação como chelas regulares. Seria um grave erro de concepção imaginar que o propósito do presente fluxo de ensinamentos ocultos que tem sido derramado no mundo fosse um incitamento geral para este curso de ação. Seria perigoso para qualquer um de nós que não é iniciado falar com inteira confiança sobre a intenção dos Adeptos mas, todos os fatos externos concernentes ao crescimento da Sociedade Teosófica mostram que o seu propósito está mais diretamente relacionado com o cultivo de aspirações espirituais de forma ampla do que o incitamento destes com uma ênfase suprema em indivíduos. Essas considerações são, de fato, o que poderia ser dito como a recusa dos Adeptos de fazer qualquer coisa para encorajar pessoas, nas quais este supremo incitamento é possível, a tomarem de maneira decisiva o passo de se oferecerem como chelas. Ao fazer isto o indivíduo se oferece como um candidato a algo mais do que as maiores vantagens que podem advir para ele através da operação da lei natural – ao fazer isto reivindica antecipar o curso mais favorável da Natureza e aproximar-se desta elevada perfeição por um processo violento e artificial, colocando-se imediatamente na presença de vários perigos com os quais nunca estaria envolvido se tivesse se contentado como o crescimento natural mais favorável. Parece ser sempre um assunto que envolve sérias considerações por parte dos Adeptos, se eles vão assumir a responsabilidade de encorajar qualquer pessoa que não tenha as condições para ter sucesso, que se exponha a tais perigos. Para qualquer um que está determinado a encarar os perigos e tenha a permissão de fazê-lo, estas considerações acima acerca do caráter opcional do treinamento físico caem por terra. Aquelas práticas ascéticas para um candidato a nada além do melhor que a evolução natural pode trazer, se ele escolher, com o objetivo de enfatizar o seu karma espiritual ao máximo, se tornam uma condição sine qua non com relação aos primeiros passos do seu progresso em relação ao chelado. Mas com tal progresso a presente explicação não está especialmente envolvida. O seu propósito está em mostrar os efeitos benéficos que podem advir para as pessoas comuns, vivendo vidas comuns, de moderada devoção à filosofia oculta, que é compatível com tais vidas comuns e que se precavenham em relação à errônea crença de que não vale a pena se engajar na ciência oculta a não ser que se atinja o resultado final que é o Adeptado.
Um comentário:
Amigo Haroldo,
Estou com saudades!!!
Precisamos nos falar.
Karla Herts
Namasté
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